Bruno Linhares

Um blog sobre Comunicação, Marketing, Filosofia e Cultura

Archive for the ‘Twitter’ Category

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Twitter em Queda ?O queridinho das mídias sociais em 2009, o Twitter, tem perdido tráfego nos Estados Unidos, berço do fenômeno. A Nielsen, comScore e o Compete apresentam dados sobre o último bimestre do ano passado, que se divergem do grau, são unânimes em confirmar a redução dos acessos ao Twitter neste país.

É o primeiro sintoma de baixa após um crescimento vertiginoso, aclamado também aqui neste espaço.

Mas o que representa esta redução ? Uma efetiva perda de interesse do público norte-americano ou uma migração para a miríade de aplicativos criados sobre a plataforma e que permitem o seu uso a partir de outros espaços, como o Twitpic ? Enquanto não existirem estatísticas que englobem também essas fontes de acesso, não teremos ainda um quadro mais claro.

Outro elemento importante é a relação entre emissores de mensagens e os usuários do Twitter – 90% das mensagens são originadas de somente 10% mais ativos, contra uma concentração média de 30% de geração de conteúdo entre maiores emissores em outras grandes mídias sociais. Este “desbalanceamento”, que de certa forma aproxima o veículo das mídias tradicionais, pode representar uma eventual causa de exaustão.

Os comentaristas ainda não se arriscam a interpretações definitivas mesmo porque ainda cresce a utilização em outros países, inclusive no Brasil, e o comportamento dos usuários não está claramente identificado. Mas já espocam candidatos ao “podium” das mídias sociais emergentes de 2010, como o Foursquare, mas este já é assunto para outro post.

Written by brunolinhares

Fevereiro 18, 2010 at 6:20 pm

A Febre do Twitter

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Febre do TwitterNesses tempos de gripe, outra febre contamina o cenário do marketing interativo – o Twitter. Na verdade, o assunto há muito ultrapassou o segmento dos especialistas e dos antenados na web, atingindo boa parte da sociedade, ou pelo menos os setores que tem o hábito regular da leitura no país, o que se conta na casa das dezenas de milhões de pessoas.

Não importa se não há interface em português disponível, ao contrário dos outros veículos sociais importantes. Muita gente é atraída, discute, comenta e até experimenta “twittar”. Já flagrei por aí inúmeras sérias discussões e “explicações” do fenômeno, em bares, na locadora de vídeo e até na feira da General Glicério (quem é do Rio de Janeiro, conhece). Após ser objeto de inúmeros blogs, capa de uma revista de circulação nacional e até matéria da indefectível “Exame”, o microblog ganha as ruas e os corações e mentes dos internautas (e até de outros curiosos ainda não inseridos digitalmente).

Será o fenômeno duradouro? Qual o horizonte e, principalmente, qual o modelo de negócios sustentará a expansão do veículo?

 As projeções do próprio Twitter apontam para um crescimento vertiginoso no mundo todo, conforme informações “hackeadas” e posteriormente publicadas em um blog francês. Outras fontes não são tão otimistas, como mostra o diagrama abaixo.

 Perspectivas para Evolução do Twitter

A crítica de especialistas à projeção do Twitter está baseada nos critérios por ela utilizados – o mesmo fator de crescimento verificado nos EUA é projetado para o conjunto do planeta. Em minha opinião trata-se de um argumento válido, já que muito de sua efervescência ocorre justamente neste país, com grande parte das mensagens sendo postadas em inglês. Eventualmente o nosso país, no qual a cultura norte-americana exerce uma séria influência e a atração pela mídia social é grande, também pode representar outro pólo importante, destoante de outras sociedades menos afeitas ao seu uso.

Por outro lado, o microblog representa uma forma muito simples e direta de expressão – ao contrário dos blogs convencionais que por mais descompromissados ainda exigem algum domínio de formas de expressão escrita mais elaboradas. E expressar-se e conectar-se com os amigos e a família são o maior interesse dos usuários do Twitter – 41% indicam ser o seu maior atrativo, conforme pesquisa da empresa norte-americana TNS. A este motivo, segue-se o de informar sua situação (mote inicial da ferramenta) – 29,1% e receber novas informações e manter-se atualizado – 25,8%. O seu uso por motivos profissionais ainda fica em quarto lugar, cerca de 21,7% das opções.

Se, apesar da discrepância de perspectivas, é unânime a projeção de que ainda há um horizonte de crescimento, não se vislumbra por enquanto um modelo de negócios sustentável para o Twitter. Outras mídias sociais passaram ou estão passando pela fase de consolidação de suas receitas ou de sua lucratividade. Outros ainda, como a Second Life, uma febre de curta duração, praticamente ficaram no passado. O futuro do mecanismo dependerá da criação de formas de rentabilizar o gigantesco fluxo de informações que circulará por seu intermédio.

Written by brunolinhares

Agosto 5, 2009 at 9:06 pm